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Publicado em 06/10/2015 - Atualizado 07/02/2019

Confira 6 mitos e verdades sobre o câncer de próstata

Confira 6 mitos e verdades sobre o câncer de próstata

O câncer de próstata é considerado um tipo de tumor muito frequente nos homens, e está relacionado, entre outros fatores, ao avanço da idade, estilo de vida e fatores genéticos. É o segundo tipo de câncer mais diagnosticado em pacientes do sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele, conforme registram os dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Entretanto, mesmo sendo tão prevalente, apresenta taxa de até 90% de cura quando diagnosticado em fase inicial, o que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

Esse tipo de doença envolve uma série de questionamentos que precisam ser esclarecidos, para que os homens não deixem de realizar o acompanhamento médico preventivo regular. Confira agora alguns mitos e verdades sobre o câncer de próstata:

Quando o PSA está alto significa presença do câncer: Mito

O PSA é uma substância que pode indicar aumento do tamanho da próstata, mas nem sempre ele é um indicador preciso de ausência ou presença de câncer. Por isso, o exame de toque não pode ser substituído totalmente pelo exame de sangue para complementar a avaliação do nível de PSA.

Aumento da próstata significa câncer: Mito

A próstata, localizada abaixo da bexiga e entre o reto e a uretra, é responsável pela produção do sêmen. A glândula aumenta naturalmente de tamanho a partir dos 25 anos de idade. Seu aumento pode ser em função de outras causas, como o HPB, doença benigna da próstata. Para saber mais sobre HPB baixe nosso e-book sobre este assunto.

Cirurgia provoca impotência: Mito

Homens que não tinham problemas de ereção antes da cirurgia têm boas chances de permanever sem problemas após realizá-la. Apesar disso, a recuperação varia para cada indivíduo e pode levar até três anos.

O câncer de próstata é hereditário: Verdade

Cerca de 2 a 3% das pessoas que têm parentes de primeiro grau (pai e irmãos) com a doença podem desenvolver o câncer e devem realizar exames regulares a partir dos 40. Para aqueles sem registro na família, o exame é indicado aos 50. A partir daí, o retorno deve ocorrer regularmente, a depender das taxas de PSA encontradas.

Alimentação influencia na prevenção do câncer: Verdade

O tomate é o principal alimento mencionado quando se fala em câncer de próstata, por ser rico em licopeno, um antioxidante também presente em outros carotenoides, como a cenoura. As células do corpo humano estão sujeitas a uma série de processos oxidativos que, entre outras alterações, provocam danos ao DNA e às macromoléculas como lipídios e proteínas, e isso pode levar ao câncer, por isso, alimentos antioxidantes podem ajudar a prevenir a doença. Os estudos também apontam os homens que têm um estilo de vida sedentário e com alimentação rica em gordura animal apresentam maiores chances de desenvolver o câncer de próstata

O câncer de próstata não produz sintomas desde o início: Verdade

Na fase inicial o organismo não dá sinais de que o câncer está se desenvolvendo; quando começa a apresentar sintomas, as chances de cura diminuem. Por esse motivo os médicos procuram alertar para a importância da realização de um acompanhamento frequente com um médico Urologista. Realizando um check up serão feitos exames para verificação do PSA  (através do exame de sangue), e exame de toque retal. Os dois são complementares para o diagnóstico e devem ser realizados anualmente. A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado e potencialmente fatal. Caso a alteração seja detectada, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como o ultrassom transretal e a biópsia da glândula, que consiste na retirada de fragmentos da próstata para análise.

Prevenção é sempre a melhor opção. Se você já tem mais de 50 anos e ainda não consultou com um Urologista, procure um médico de confiança e inicie seu acompanhamento.

 

 

Material escrito por:
- Urologista - CRM 8402 RQE 4270

Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Luís Felipe Piovesan é especialista em urologia pela Fundació Puigvert, Barcelona, e doutor em urologia pela USP. É coordenador científico do Hospital Governador Celso Ramos e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, secção SC. Seus principais interesses são a urologia oncológica e tumores urológicos.   Ver Lattes