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Publicado em 09/05/2016

Exames de rotina para homens: quando iniciar?

Exames de rotina para homens: quando iniciar?

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que surjam no Brasil mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata e sete mil novos casos de câncer de bexiga em 2016, para citar alguns. O aumento do número de casos de câncer de próstata, por exemplo, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, deve-se ao fato de estas regiões deter características mais semelhantes aos países desenvolvidos, entre elas, elevada prevalência de excesso de peso e obesidade, inatividade física e consumo de carnes processadas (salsicha, presunto, linguiça, carne seca etc.).

É essencial a realização de exames de rotina para homens

O homem com câncer de próstata, por exemplo, tem 95% de chances de se recuperar da doenças se ela for detectada precocemente. Só que para isso ele não pode dispensar as consultas anuais com o urologista para realização dos exames de rotina para homens que são a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) e de toque a partir dos 50 anos ou 40 anos, quando há casos da doença na família.

A dosagem do PSA (antígeno prostático específico), costuma se elevar no organismo em que há presença de tumores de próstata. O exame de toque retal confirma o diagnóstico, pois a partir dele o médico verifica o tamanho dessa glândula e detecta qualquer alteração que relacionada à presença do câncer, como nódulos, endurecimentos ou irregularidades.

O problema é que cerca de dois terços dos homens brasileiros evitam realizar o exame. E quando descobrem a doença, o prognóstico pode não ser tão bom assim. Essa é uma questão de escolha na qual a ciência não pode ajudar. Os avanços da medicina só podem favorecer àqueles que fazem exames com periodicidade e antes de sentirem que a saúde está numa situação que requer ajuda. Pense nisso ao retardar sua próxima consulta.

 

Material escrito por:
- Urologista - CRM 8402 RQE 4270

Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Luís Felipe Piovesan é especialista em urologia pela Fundació Puigvert, Barcelona, e doutor em urologia pela USP. É coordenador científico do Hospital Governador Celso Ramos e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, secção SC. Seus principais interesses são a urologia oncológica e tumores urológicos.   Ver Lattes