Por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
Publicado em 14/06/2017
Segundo uma pesquisa feita pela Durex Global Sex Survey, 62% dos homens têm algum grau de disfunção erétil. A vergonha de “falhar” na hora H ou o medo do diagnóstico faz com que muitos deles deixem de investigar o que pode estar acontecendo ou só se preocupem com isso tardiamente. É aí que mora o perigo!
A disfunção erétil pode não ser um problema isolado, e sim, um sintoma de alguma outra doença que afeta a função sexual masculina, como as cardiovasculares.
De acordo com o Projeto Avaliar, homens que apresentam uma leve disfunção têm 6,5% de chance de desenvolvê-las, enquanto nos que nunca tiveram de lidar com questões relacionadas a ereção, a probabilidade da doença surgir é de 2,9%.
A possibilidade de a disfunção erétil ter como causa as doenças cardiovasculares se deve ao fato de o processo de ereção envolver essencialmente a circulação sanguínea. O pênis depende do fluxo do sangue para aumentar de tamanho e enrijecer. O fluxo anormal para o órgão, que ocorre por consequência dos problemas circulatórios, é o que desencadeia a disfunção erétil.
Justamente pela dependência do sistema circulatório é que os fatores de risco para o aparecimento da disfunção erétil são os mesmos que estão relacionados às doenças do coração:
Caso o homem já conviva com algum deles, por exemplo, colesterol alto, tratá-los se torna ainda mais importante. Evitar que as doenças ou condições se agravem também é uma forma de impedir que o mesmo aconteça com a disfunção erétil ou, até mesmo, que se desenvolva.
Homens que enfrentam fatores de risco e tiveram a função do órgão masculino comprometida alguma vez ou nunca vivenciaram essas situações podem cuidar da saúde sexual preocupando-se com a prevenção. A manutenção de bons hábitos de vida, como alimentação de qualidade, exercícios físicos regulares, consumo moderado de bebidas alcoólicas e evitar o uso de cigarros e drogas colaboram, e muito, para a preservação da ereção.
Nem sempre as falhas na função sexual masculina representam um problema. A ausência de ereção algumas vezes ao longo da vida é normal para qualquer homem. O importante é observar a frequência com que ocorre. Quando é sucessiva, por um longo período de tempo, vale investigar a causa com o urologista. O ideal é avaliar o estado geral de saúde com o especialista periodicamente. Esta é uma das principais medidas que ajudam a prevenir problemas futuros.
Material escrito por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
- Urologista - CRM 9576 RQE 6654
Dr. Jovânio é formado em medicina pela UFPel, é especialista em reprodução humana pela Unifesp. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Entre 2013 e 2018 foi Conselheiro Suplente do CRM-SC. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.