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Publicado em 25/12/2022

Hiperplasia benigna da próstata é mais comum em homens com mais de 50 anos

Hiperplasia benigna da próstata é mais comum em homens com mais de 50 anos

hiperplasia benigna da próstata, popularmente conhecida pela abreviação HPB se caracteriza pelo crescimento benigno da glândula prostática masculina. É um dos sinais mais comuns do envelhecimento natural masculino, e quando a hiperplasia atinge um tamanho significativo, pode causar o mal funcionamento do sistema urinário.

Cerca de 50% da população masculina apresenta algum grau de hiperplasia benigna da próstata (HPB) após os 50 anos, sendo que uma parte desta população irá necessitar de tratamento durante a vida.

O desenvolvimento da hiperplasia prostática está relacionado à testosterona, hormônio masculino produzido pelos testículos, e às proteínas sintetizadas no interior da próstata (fatores de crescimento).

Existem, ainda, alguns fatores de risco que elevam a possibilidade de um homem desenvolver hiperplasia benigna da próstata, como:

  • aumento da idade (60% aos 60 anos e 80% aos 80 anos)
  • uso de testosterona exógena;
  • história familiar.

Dentre todos eles, o principal fator associado a necessidade de tratamento é a história familiar. Ou seja, caso o pai tenha realizado qualquer cirurgia na glândula, a chance de o filho manifestar sintomas de HPB torna-se três vezes maior em comparação aos homens que não possuem casos semelhantes na família.

Sintomas da hiperplasia benigna da próstata

É importante destacar que em sua fase inicial, assim como o câncer de próstata, a hiperplasia prostática benigna não apresenta sintomas. Contudo, à medida que a próstata vai aumentando, a uretra começa a ser comprimida, o que causa as reclamações.

Os sintomas da HPB podem afetar negativamente a qualidade de vida dos pacientes, sendo capaz de interferir em diferentes aspectos, desde as atividades diárias até o padrão de sono.

No geral, os sintomas mais comuns da hiperplasia benigna da próstata são:

  • dificuldade para urinar;
  • jato de urina fraco;
  • sensação de bexiga cheia, mesmo após urinar;
  • idas mais frequentes ao banheiro durante a noite;
  • vontade incontrolável de urinar.

A presença de sangue na urina (hematúria), a infecção urinária de repetição, a formação de cálculos na bexiga, retenção urinária e a insuficiência renal são algumas das condições mais graves que podem ser desencadeadas pela hiperplasia benigna da próstata, geralmente, em casos mais avançados.

Como é feito o diagnóstico?

A principal forma de diagnóstico, de acordo com o Portal da Urologia, é por meio de uma consulta com um urologista. É fundamental fazer uma investigação do problema, principalmente se o homem possuir histórico familiar de doenças na próstata e estiver acima dos 40 anos.

Na maioria dos casos, pode ser necessário realizar o exame de toque retal, além de alguns exames clínicos complementares, entre eles: o PSA (Antígeno Prostático Específico), urina, ultrassonografia das vias urinárias e uma urofluxometria, que avalia a força do jato de urina, além do tempo que leva para a bexiga esvaziar.

Ou seja, para que o diagnóstico seja preciso, além de estudos objetivos e complementares, são necessárias informações sobre a história clínica. Só depois da confirmação do problema o especialista pode dar início ao tratamento.

Tratamento da hiperplasia prostática benigna

O tipo de tratamento dependerá muito da gravidade do problema, assim como dos sintomas. Contudo, o tratamento inicial da hiperplasia benigna da próstata consiste na observação.

Periodicamente, o homem com HPB deve retornar ao consultório do urologista para repetir os exames e verificar se houve alguma mudança no quadro desde a última visita.

É importante lembrar que a hiperplasia às vezes pode não apresentar sintomas e, nesse aspecto, ela não irá causar consequências aos pacientes, portanto, não é necessário se preocupar.

No entanto, em casos onde os sintomas importunam, o médico pode prescrever medicamentos para amenizá-los, além de deter o crescimento da glândula. Existe também o tratamento cirúrgico, conhecido como ressecção transuretral da glândula próstatica ou enucleação da próstata.

Essa cirurgia é voltada para a remoção do adenoma da próstata, que é a parte aumentada da glândula, mas só deve ser indicada quando o tratamento clínico não surte efeito ou os sintomas são muito graves.

Esperamos ter esclarecido tudo sobre a hiperplasia benigna da próstata! Gostou do artigo e quer acompanhar mais conteúdos como esse? Convidamos você a acessar o nosso blog e ficar por dentro das nossas publicações! Siga também a nossa página do Instagram e receba atualizações em primeira mão.

 

Material escrito por:
- Urologista - CRM 8402 RQE 4270

Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Luís Felipe Piovesan é especialista em urologia pela Fundació Puigvert, Barcelona, e doutor em urologia pela USP. É coordenador científico do Hospital Governador Celso Ramos e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, secção SC. Seus principais interesses são a urologia oncológica e tumores urológicos.   Ver Lattes