Por: Dr. Waltamir Horn Hülse
Publicado em 20/01/2017
A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que mais de 10 milhões de pessoas tenham doença renal crônica, conhecida também como insuficiência renal crônica. No mundo, 7.2% dos indivíduos acima de 30 anos e de 28% a 46% das pessoas acima de 64 anos possuem a doença.
A doença é caracterizada pela perda da capacidade dos rins de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Sem a filtragem, os resíduos podem atingir níveis perigosos e afetar a composição química do sangue, que pode ficar fora de equilíbrio.
Possuem maior risco de desenvolver insuficiência renal pessoas que estão gravemente doentes e necessitam de cuidados intensivos. Dependendo do estado de saúde do paciente, a condição é reversível.
A maioria das pessoas já está hospitalizada quando desenvolve insuficiência renal. Mas quando este não é o caso, o mais adequado é marcar uma consulta médica caso haja suspeita de problemas renais. Os primeiros sinais são:
Às vezes, a insuficiência renal crônica não causa sinais ou sintomas e é detectada através de testes de laboratório realizados por outra razão. Caso o médico considere a possibilidade de os sintomas estarem relacionados à insuficiência, pode encaminhar o atendimento para o nefrologista, médico especialista na doença renal.
A insuficiência renal crônica é frequentemente diagnosticada em pessoas que já estão internadas no hospital por outro motivo, por intermédio dos exames realizados para verificar outras condições de saúde, mas que podem detectar a doença renal.
Já em indivíduos não hospitalizados, mas que apresentam alteração no funcionamento dos rins, o médico realiza o diagnóstico a partir dos sintomas relatados pelo paciente e com base em informações referentes a medicamentos em uso, e exames efetuados.
Entre os exames que podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico de insuficiência renal estão:
O tratamento é direcionado para o que está causando a insuficiência renal. Por exemplo, o paciente pode precisar restaurar o fluxo de sangue para os rins, parar todos os medicamentos que estão causando o problema ou remover uma obstrução no trato urinário.
No entanto, existem algumas recomendações que são gerais para o tratamento da insuficiência renal crônica, a começar pela alimentação. Geralmente, é recomendada uma dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio. Os medicamentos prescritos podem servir tanto para prevenir ou tratar infecções quanto ajudar os rins a eliminar líquidos.
A insuficiência renal crônica é difícil de prever ou evitar. Mas os riscos de desenvolvê-la podem ser minimizados quando são seguidas as orientações quanto ao uso dos medicamentos, a diabetes e a hipertensão são tratadas adequadamente e se mantém um estilo de vida saudável.
Material escrito por: Dr. Waltamir Horn Hülse
- Urologista - CRM 4265 RQE 1147
Diretor Técnico na Uromed, o Dr. Waltamir Horn Hülse é formado em medicina pela UFSC e especialista em urologia pelo Hospital Governador Celso Ramos. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia, da Associação Brasileira do Assoalho Pélvico e da International Continence Society Seus principais interesses são a uroginecologia e urologia feminina.