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Por: - Urologista - CRM 1818 RQE 248
Publicado em 15/05/2019 - Atualizado 27/05/2019

Cálculo renal: das causas ao tratamento

Cálculo renal: das causas ao tratamento

O cálculo renal, também conhecido como litíase urinária ou urolitíase, é uma doença bastante comum, sendo conhecida pela formação de cálculos (popularmente chamada de “pedras”) no aparelho urinário, resultante do acúmulo de cristais, que podem ser constituídos de diversas substâncias, como o cálcio, o ácido úrico, o oxalato e o fosfato. A presença dessas pedras endurecidas pode ser verificada nos rins, mas também atravancar outros pontos, como é o caso do ureter (canal que transporta a urina até a bexiga).

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De acordo com o professor Osvaldo Merege Vieira Neto, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, cerca de 10% da população brasileira sofre com o cálculo renal. Para ele, a predominância das pedras nos rins está ligada ao alto consumo de sal e proteínas, além da baixa ingestão de água.

Outra influência é o histórico familiar, que pode causar distúrbios metabólicos, incluindo o excesso de cálcio e ácido úrico, ou a falta de substâncias protetoras da urina. Em todos os casos, é importante realizar um estudo metabólico especializado, para descobrir qual o motivo da formação de pedras nos rins.

Principais sintomas do cálculo renal

Um sintoma típico do cálculo renal é a dor intensa na lombar, com cólicas fortes. Essa aflição é causada pelo deslocamento da pedra do rim para o ureter. Imagine só: o rim é formado por inúmeras dobrinhas, bem pequenas. Quando uma pedra passa por lá, a pessoa irá sentir dor, com ondas que variam de intensidade.

Outros sintomas do cálculo renal incluem:

  • Náuseas e vômitos
  • Sangue na urina
  • Ardência ao urinar
  • Febre

Como tratar o cálculo renal?

Antes de iniciar o tratamento das pedras nos rins, é necessário avaliar qual o tipo de cálculo renal do paciente. Existem quatro tipos de cálculos, que se diferenciam conforme à formação e características da pedra. São eles:

  • Pedras de cálcio: são as mais comuns, tendem a aparecer entre os 20 e 30 anos.
  • Pedras de cistina: aparecem em pessoas com cistinúria, uma doença renal hereditária.
  • Pedras de estruvita: encontradas, especialmente, em mulheres com infecção do trato urinário.
  • Pedras de ácido úrico: aparecem em 7% dos cálculos renais tratados, sendo comuns em pessoas com ácido úrico elevados, principalmente, homens.

Após o diagnóstico do tipo de cálculo renal, é necessário tratar essa condição, para que o problema não evolua e resulte em complicações. Entretanto, ao contrário do que muita gente pensa, o tratamento não é feito somente com cirurgias.

Uma das formas mais básicas de tratar o cálculo renal é aumentar a ingestão de líquidos. Além disso, eliminar do cardápio produtos dietéticos e reduzir o sal também são ações que ajudam no tratamento de pedras nos rins. Em alguns casos, é possível expelir os cálculos com a ajuda de medicamentos.

Quando as pedras são pequenas, elas costumam sair pelo ureter entre três a seis semanas, mas causam cólicas. Se houver complicações na eliminação dos cálculos, é possível que o especialista médico recomende uma intervenção a laser.

Prevenção do cálculo renal

Apesar da alta taxa de sucesso das cirurgias, é melhor se prevenir do que remediar. Portanto, para evitar o aparecimento de pedras nos rins, recomenda-se a ingestão de líquidos. A recomendação médica é de 2 litros de água por dia, e até 3 litros de água nas estações mais quentes. A água irá ajudar a diluir os resíduos da urina e, assim, minimizar a formação de cálculos.

Também é importante manter uma dieta equilibrada, com o consumo de frutas, verduras e legumes, além de evitar condimentos industrializados e sal em excesso.

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Material escrito por:
- Urologista - CRM 1818 RQE 248

Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Edemir Westphal é especialista em urologia pelo Hospital Governador Celso Ramos e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Urologia.