Por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
Publicado em 17/12/2020
É cada vez maior o número de homens que enfrentam dificuldades nas relações sexuais. Em muitos casos, existe a possibilidade de isso ser causado pela disfunção erétil. O lado positivo é que a impotência masculina tem cura e os tratamentos estão cada dia mais modernos.
Mais comum em homens acima dos 40 anos, a disfunção erétil é causada por diversos fatores. Alguns pacientes, a partir dessa idade, podem não conseguir obter e/ou manter uma ereção por tempo suficiente para concluir o ato sexual satisfatoriamente.
Neste artigo falaremos sobre a impotência masculina e seu tratamento. Continue a leitura saiba mais sobre o assunto!
A incapacidade de manter uma relação sexual pode surgir, eventualmente, de maneira isolada e ser provocada pelo cansaço, pela preocupação e pelo desinteresse pela(o) parceira(o).
Nessas condições, a falta de ereção é mais uma reação natural do organismo ao estresse ou a outra questão momentânea do que algo relacionado à disfunção erétil.
Para que as falhas ocorridas durante o ato sexual possam ser associadas à impotência, é preciso que elas aconteçam repetidas vezes, em intervalos curtos de tempo.
À medida que os períodos entre elas tornam-se menores, maior é a gravidade do quadro, sendo importante deixar a vergonha de lado e procurar ajuda de um especialista, como o urologista ou o andrologista.
A disfunção erétil pode ser causada por uma gama de problemas em diferentes órgãos, que podem ser prevenidos mantendo-se bons hábitos. As condições que mais afetam as funções sexuais masculinas são:
hipertensão;
dislipidemias (níveis de colesterol e/ou triglicérides altos);
diabetes;
problemas na próstata.
De acordo com o grau de intensidade, a disfunção erétil pode ser classificada em leve, moderada e completa.
Na leve, o homem ainda consegue ter ereções em parte das relações sexuais. Quando isso se torna cada vez menos frequente, a disfunção é considerada moderada. A completa, portanto, ocorre a partir do momento em que o homem se vê completamente incapaz de ter uma ereção.
Seja qual for o nível de impotência, o fato é que ela afeta negativamente o relacionamento do casal. Não são raros os casos em que os homens evitam o sexo para não ter de lidar com a frustração de não conseguir ter ou manter uma ereção.
Outra consequência é a(o) parceira(o) se sentir responsável e diminuir sua autoestima por acreditar que ela(e) já não é mais tão desejada(o) quanto antes.
Também pode surgir a desconfiança de que exista uma relação extraconjugal.
Para que o pênis fique e se mantenha ereto, é necessário que haja um maior fluxo de sangue no órgão. Justamente, a impotência ocorre quando a circulação sanguínea apresenta algum problema.
O pênis possui dois grandes grupos de fibras nervosas, sendo a primeira responsável pelos sinais inibitórios e a segunda, pelos estimulantes. Como os próprios nomes indicam, o primeiro grupo dificulta a ereção e o segundo a favorece.
Quando se está em uma relação sexual, mecanismos do cérebro enviam mensagens para as fibras nervosas do pênis, que podem tanto inibir como prolongar o tempo de ereção por meio da circulação sanguínea.
A disfunção erétil ocorre quando alguma falha nessa comunicação ocorre, causando os sintomas da condição.
Afinal, o que classifica uma disfunção masculina?
Entre os principais sintomas, podemos citar:
Inclusive, em alguns quadros de disfunção erétil, o paciente possui algumas ereções fora do período sexual e acredita que está tudo bem, porém isso também é um sintoma da condição.
É muito comum acontecer de o homem insistir no ato sexual, mesmo diante da dificuldade de manter o pênis ereto, por apostar na possibilidade de recuperação e de que, assim, sua autoimagem não será manchada.
O resultado dessa atitude nem sempre é o esperado e o que surge no lugar é a frustração. Um erro é o homem não dividir sua preocupação com a(o) parceira(o), muitas vezes, em função da vergonha.
Sem saber o que está acontecendo, ela(e), então, pode culpar-se e se afastar, para não gerar ainda mais insatisfação. Qualquer um desses cenários só tende a piorar a situação.
Primeiro de tudo, deve haver diálogo entre o casal: o homem deve compartilhar suas angústias com a(o) parceira(o), pois, assim, ele(a) será capaz de compreender que essa dificuldade pode estar relacionada a um problema de saúde e, juntos, procurar saber se a impotência masculina tem cura.
Depois disso, o casal tem que agendar uma consulta com um médico especialista em andrologia, para que se possa avaliar o caso e identificar por qual razão o homem enfrenta dificuldades com a ereção.
Durante a consulta, o especialista perguntará sobre a história clínica do paciente, psicológica, entender suas queixas, realizar exame físico e, claro, exames de sangue e um check-up para compreender o que pode estar causando a dificuldade de manter a ereção.
Após os exames e as primeiras consultas, o especialista terá um diagnóstico.
É preciso considerar os aspectos psicológicos e interpessoais que podem contribuir para a permanência da disfunção erétil.
Muitos homens com impotência sexual também sentem:
ansiedade;
que seu relacionamento é de má qualidade;
que sua(seu) parceira(o) é desinteressada(o);
que a abstinência sexual é prolongada;
pressão pelas dificuldades econômicas e
que seu repertório sexual é precário.
É interessante citar que se estas questões não forem tratadas, dificilmente a impotência será completamente curada.
Por isso, técnicas de psicoterapia, geralmente, são associadas ao tratamento com medicamentos.
É uma forma, inclusive, de prevenir a depressão que pode ser desencadeada pelo problema de ereção, além de:
identificar e trabalhar os fatores que podem resultar no abandono do tratamento;
controlar a ansiedade;
compreender a realidade sexual do paciente e
recuperar a confiança do homem em sua capacidade.
Mais do que melhorar o desempenho sexual masculino, a psicoterapia foca no conforto do casal durante a relação e no prazer que um pode proporcionar ao outro.
Dependendo do caso, os parceiros podem ser orientados a iniciá-la antes da prescrição de medicamentos. Jovens no início da vida sexual, homens com depressão, dependentes químicos e pessoas com o relacionamento desgastado são os que mais recebem indicação de tratamento psicoterápico.
Os remédios associados ao acompanhamento psicológico têm dois propósitos: devolver ao homem a confiança que ele necessita para voltar a ter relações sexuais sem preocupação e permitir que ele recupere, rapidamente, a ereção. Assim, pode ser que seja mais rápida superar a disfunção.
A psicoterapia só é dispensada quando o médico percebe que a impotência masculina tem cura ainda que forem usados, apenas, medicamentos para tratá-la. Isso quer dizer que a ereção está sendo prejudicada por uma condição exclusivamente física, e não psíquica.
É sempre pertinente reforçar que os medicamentos não devem ser tomados por conta própria e sem a ciência do médico responsável. Remédios podem causar efeitos colaterais e em pessoas com outras doenças podem colocar sua saúde em risco com a automedicação.
A ereção envolve o cérebro, hormônios, nervos, vasos sanguíneos e músculos. Dessa forma, até mesmo uma mínima falha em algum desses fatores pode causar a impotência.
Assim, os fatores de risco são variados, pois estão relacionados a diversas áreas do corpo.
Os fatores de risco mais comuns incluem:
Independentemente de qual seja a causa da impotência masculina, ela tem cura e o tratamento tem chances de fazer efeito prontamente.
Manter a saúde psicológica em dia, ser honesto com a(o) parceira(o) e não ter medo de procurar ajuda são atitudes importantes para conseguir se livrar desse problema.
Saiba que sofrer disso não é motivo de vergonha!
Agora que você já sabe que impotência masculina tem cura, procure ajuda especializada: conheça a equipe de andrologia da UROMED e agende uma consulta para avaliação individual em Florianópolis!
Material escrito por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
- Urologista - CRM 9576 RQE 6654
Dr. Jovânio é formado em medicina pela UFPel, é especialista em reprodução humana pela Unifesp. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Entre 2013 e 2018 foi Conselheiro Suplente do CRM-SC. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.