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Publicado em 16/09/2015 - Atualizado 29/11/2021

Já ouviu falar da andropausa? Saiba como a redução de hormônios afeta os homens

Já ouviu falar da andropausa? Saiba como a redução de hormônios afeta os homens

A andropausa, também chamada de Declínio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), é caracterizada pela falta do hormônio masculino, a testosterona. Essa diminuição é uma consequência natural do envelhecimento e ocorre gradualmente.

Conhecida como menopausa masculina, essa condição pode ser acompanhada de diversos sintomas, como a falta de desejo sexual e a perda da massa muscular. Dessa forma, a falta da testosterona pode estar associada a uma significativa diminuição na qualidade de vida dos homens.

Apesar da diminuição do hormônio masculino ocorrer naturalmente, há uma diferença no decaimento em cada pessoa. Por isso, há pacientes que mesmo após os 80 anos não apresentaram nenhum sintoma e também há aqueles que têm problemas desde cedo. Mas, de forma geral, a prevalência desse distúrbio varia entre 20% e 30% dos homens, entre 50 e 60 anos.

Quer saber mais sobre a andropausa? Então continue lendo e confira o como é feito seu diagnóstico, quais são os principais sintomas e como ocorre o tratamento para a “menopausa masculina”.

Diagnóstico da andropausa

O diagnóstico da andropausa baseia-se na análise de níveis baixos de testosterona no sangue que, combinado com os sinais e sintomas compatíveis, permitem ao médico encaminhar o homem para o tratamento adequado para essa condição.

Principais sintomas da andropausa

Os sintomas da andropausa variam muito entre os pacientes conforme a falta de testosterona em cada caso. Mas esse problema hormonal pode causar sinais tanto físicos quanto emocionais. Entre os principais, podemos citar:

  • falta de desejo sexual/libido, além da qualidade e frequência das ereções, principalmente noturnas;

  • alterações de humor, com fadiga, depressão e irritabilidade;

  • distúrbios do sono;

  • perda de massa muscular, havendo diminuição do volume e da força;

  • aumento da gordura visceral (localizada na região profunda do abdômen, conhecida como “barriga de cerveja”);

  • alterações na pele e perda de pelos;

  • osteopenia e osteoporose, elevando o risco de fraturas ósseas;

  • calorões, conhecidos como fogachos e

  • dificuldade de concentração e raciocínio, além de perda de memória.

Vale ressaltar que nem sempre haverá a presença de todos eles. É possível ocorrer apenas um discretamente, sem que o paciente sequer reconheça esse problema. Por isso, recomendamos que todos os homens fiquem atentos ao seu corpo, e a qualquer mudança, para identificar a falta do hormônio masculino quanto antes.

Falta de conhecimento sobre a menopausa masculina

Com o aumento da expectativa de vida, a andropausa se tornou mais recorrente, uma vez que os homens estão vivendo mais e sentindo mais os resultados do envelhecimento. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que três em cada dez homens não conseguem identificar esses sintomas como sendo andropausa.

Muitos acreditam se tratar de uma sobrecarga de trabalho, estresse da rotina ou ainda causas emocionais. Apenas 15% percebem que as mudanças físicas e os sintomas diferentes são resultados da menopausa masculina.

Por essa razão, é normal que essa falta de conhecimento impacte diretamente na qualidade de vida do paciente, principalmente quando há sintomas que influenciam na vida sexual, pessoal e causam grandes mudanças na aparência.

Uma forma de aumentar as chances de identificação da andropausa é por meio das consultas regulares com um urologista, médico especializado na saúde sexual masculina, que deve fazer parte da vida de todo o homem após os 50 anos.

Tratamento da andropausa

Como já falado, o diagnóstico da andropausa é feito através do exame de sangue e da análise dos sintomas, o que, normalmente, é feito por um urologista. Caso a falta de testosterona seja confirmada, o homem pode iniciar o tratamento de reposição hormonal.

Nessa terapia, o paciente faz a suplementação desse hormônio, o que pode ser feito por meio de comprimidos, géis, adesivos ou injeções , dependendo de cada caso e da dosagem determinada por um médico especialista.

Apesar desse tratamento ser muito eficiente e reduzir consideravelmente os sintomas, trazendo mais qualidade de vida para o homem, é preciso fazer o acompanhamento frequente com o médico, visto que ele pode ter contraindicações ou efeitos colaterais para a saúde.

Se você notar falta de libido, alterações no humor, perda de massa muscular e aumento de gordura corporal, principalmente no abdome, deve consultar com um médico urologista quanto antes. Assim, você poderá realizar exames de sangue para confirmar a andropausa e, caso necessário, iniciar o tratamento para reduzir os sintomas e ter mais qualidade de vida.

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Material escrito por:
- Urologista - CRM 4117 RQE 3175

O Dr. Nívio Pascoal é formado em medicina pela UFSC, especialista em urologia e em andrologia. Coordenou o Programa de Residência Médica em Urologia do Hospital Governador Celso Ramos, onde atualmente é urologista. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.