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Publicado em 22/09/2019 - Atualizado 24/09/2024

Tudo o que você precisa saber sobre ejaculação precoce

Tudo o que você precisa saber sobre ejaculação precoce

Estima-se que a ejaculação precoce acometa 20% a 30% dos homens em algum momento da vida e, como consequência, traz consigo o sentimento de insatisfação. Ainda que não saibamos as causas exatas, muitas vezes, o distúrbio está associado à questões de saúde (como a prostatite) e/ou psicológicas (ansiedade e/ou estresse).

A boa notícia é que é possível tratar o problema e ter uma vida sexual satisfatória! Neste artigo, esclarecemos as principais dúvidas sobre o assunto. Continue a leitura e confira!

O que é a ejaculação precoce?

A ejaculação precoce é um distúrbio caracterizado pela perda do controle voluntário do reflexo ejaculatório. Ou seja, o processo de ejaculação é acelerado durante o ato sexual, podendo ocorrer mesmo quando não houve penetração.

Diagnóstico do distúrbio

O diagnóstico é determinado pelo urologista, de preferência, especialista em andrologia e medicina sexual, sendo eminentemente clínico. Isso quer dizer que é realizado por meio do relato do paciente e avaliação dos sintomas, considerando quando a disfunção se iniciou e como evoluiu.

Além disso, o médico também realiza o exame físico e, caso haja necessidade, o paciente passa por exames complementares, como a dosagem hormonal. Dessa maneira, é possível precisar sua origem e indicar o tratamento efetivo.

Classificações do distúrbio

Em relação aos tipos, a ejaculação precoce pode ser vitalícia ou adquirida. No primeiro caso, também chamada de ejaculação precoce primária, o homem enfrenta problemas desde a primeira experiência sexual.

Já a adquirida (ou secundária) ocorre após um período da vida sexual normal (sem o distúrbio). Com o passar do tempo, entretanto, o homem percebe uma redução significativa no período entre a penetração e a ejaculação.

Há, ainda, a chamada ejaculação precoce ocasional (ou situacional). Nesse caso, o problema ocorre somente algumas vezes e/ou com determinadas parceiras(os).

Como evitar o problema?

Existem algumas técnicas que ajudam a controlar o momento da ejaculação. São elas:

  • estimular o pênis diariamente, até o limite antes do orgasmo e, então, interromper a masturbação (ou o sexo oral), para aprender a prolongar a fase de excitação;
  • optar por posições que diminuam a tensão na região pélvica, como aquelas em que a parceira se mantém por cima (evite o tradicional “papai e mamãe”);
  • quando sentir que vai ejacular, apertar a parte do pênis onde a glande (cabeça) e o eixo se encontram, por alguns segundos;
  • praticar ioga, alongamento ou qualquer modalidade esportiva que ajude a relaxar e diminuir a tensão muscular, uma vez que esta também está associada ao problema.

Porém, quando os episódios de ejaculação rápida (antes, durante ou logo após a penetração) são recorrentes, deve-se buscar tratamento. Como já mencionado, o andrologista é o especialista mais indicado para ajudar homens que sofrem com o distúrbio.

Leia tambémEntenda o que é andrologia?

Quais tratamentos são efetivos?

Hoje em dia, é comum encontrar muitos anúncios na internet prometendo soluções “milagrosas” para a cura da ejaculação precoce. Contudo, nem sempre os ditos tratamentos são realmente efetivos.

Dessa maneira, o melhor a fazer é procurar um especialista em medicina sexual, realizar o diagnóstico e, a partir disso — sob orientação médica — iniciar o tratamento indicado. Sabe-se que a terapia sexual e a psicoterapia podem ser eficientes em alguns casos.

Além disso, o uso de alguns medicamentos tem apresentado bons resultados. Os analgésicos e antidepressivos de ação sistêmica, por exemplo, podem ser úteis. Contudo, como já mencionamos, esses só devem ser usados conforme a prescrição médica.

Outras dúvidas comuns entre os que apresentam o distúrbio

A ejaculação precoce gera muitas dúvidas, mas boa parte dos afetados pela condição não fala no assunto nem busca ajuda profissional. Para ajudar, respondemos a algumas delas a seguir.

É normal ejacular mais rápido depois de um período sem relações sexuais?

Sim. Trata-se de uma condição natural do corpo, devido a motivos fisiológicos, como o acúmulo de espermatozoides.

Além disso, outro fator que contribui para a ejaculação mais rápida após um período sem ter relações sexuais é o psicológico. Afinal, os parceiros tendem a concentrar um maior desejo sexual. Lembre-se que, para ser considerado como ejaculação precoce, os episódios do distúrbio têm que ser recorrentes, não eventuais.

Existe um tempo mínimo para a relação sexual? E para a ejaculação?

Estudos mostram que a duração média de uma relação sexual é de 5 a 10 minutos. Mas, isso pode variar de pessoa para pessoa. Portanto, não existe um tempo correto para uma relação sexual.

Em relação ao tempo para a ejaculação, pode-se considerá-la precoce quando o tempo entre o início da penetração e o orgasmo é muito curto. Em média, a ejaculação masculina leva de 2 a 5 minutos. Sendo assim, se ocorrer em menos de 1 minuto, pode-se considerar uma ejaculação precoce.

Quem tem ejaculação precoce sente orgasmo de verdade?

A ejaculação masculina está, diretamente, relacionada ao orgasmo. Dessa forma, é normal que homens com o distúrbio sintam prazer ao ejacular. Contudo, ao mesmo tempo, eles sofrem por uma sensação de insatisfação, devido à pouca duração da relação sexual.

Nesses casos, a única saída é buscar a ajuda de um especialista o quanto antes. Como mostrado, existem diversas opções de tratamentos para a ejaculação precoce. Portanto, caso você apresente o distúrbio, não tenha receio e busque melhorar!

Ficou com alguma dúvida? Sinta-se à vontade para entrar em contato. A equipe de andrologia da Uromed – Clínica do Aparelho Gênito-Urinário, localizada em Florianópolis, SC, está a postos para ajudá-lo!

 

Material escrito por:
- Urologista - CRM 9576 RQE 6654

Dr. Jovânio é formado em medicina pela UFPel, é especialista em reprodução humana pela Unifesp. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Entre 2013 e 2018 foi Conselheiro Suplente do CRM-SC. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.