Por: Dr. José Orlando de Farias Júnior
Publicado em 08/03/2021
Os rins são os órgãos que filtram o sangue e eliminam na urina o que não é importante para o organismo. A insuficiência renal é a condição que define o mau funcionamento desses órgãos e a eliminação inadequada de substâncias indesejáveis, como a ureia e a creatinina, contribuindo também para a falta de absorção de substâncias necessárias como a glicose e as proteínas.
Essa doença possui diferentes patologias como causa e, ao não ser tratada, pode trazer sérias consequências para o paciente, fazendo-o ficar dependente de tratamentos que fazem a filtragem do sangue, como é o caso da diálise, e ainda aumentando as chances dele desenvolver outras condições, como doenças cardiovasculares, infecções e hemorragias, o que pode levar o indivíduo a óbito.
Para que você saiba mais sobre a insuficiência renal, criamos esse artigo. Continue lendo e saiba qual é a diferença entre essa doença na sua maneira crônica e aguda, e quais são os cuidados que devem ser tomados para que o paciente tenha mais qualidade de vida e saúde.
O agravamento desta condição pode levar o paciente a desenvolver insuficiência renal de maneira crônica ou aguda, dependendo da maneira que ocorre o desenvolvimento da doença. Confira qual é a diferença entre elas:
A doença de forma crônica é aquela que é marcada pela lesão do parênquima renal, uma estrutura essencial para o funcionamento do órgão e/ou pela diminuição da taxa de filtração por um período igual ou maior do que três meses, ou seja, é uma perda lenta, progressiva e irreversível.
A doença progride e o paciente pode não apresentar qualquer sintoma na fase inicial e, quando sente, normalmente, não há como mais regredir o caso, precisando buscar tratamento de forma urgente para não comprometer ainda mais a saúde do corpo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, essa patologia pode ser considerada epidêmica, uma vez que atinge um a cada dez adultos e a sua incidência vem aumentando consideravelmente nos últimos anos.
Atualmente, o país tem mais de 133 mil pessoas que dependem de diálise, número que cresceu quase 100% nos últimos dez anos. Além disso, anualmente, mais de 20 mil pacientes começam hemodiálise, sendo que há uma taxa de mortalidade de 15% ao ano.
As principais doenças que causam a insuficiência renal crônica são:
hipertensão arterial;
diabetes e
doenças císticas renais.
Alguns fatores importantes devem ser observados pelos pacientes que desconfiam dessa doença, como:
histórico familiar de doença renal;
alterações na urina, como a presença de sangue e
elevação da pressão arterial.
Nesses casos, deve-se procurar um urologista para a realização de exames de urina e sangue.
O tratamento da insuficiência renal crônica é realizado com sessões de hemodiálise ou por meio da realização da cirurgia do transplante renal que, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, os procedimentos realizados atualmente só conseguem suprir cerca de 50% da demanda total.
Outras condições do organismo, como desidratação severa ou infecções urinárias graves, podem levar o paciente à insuficiência renal aguda que é a perda súbita e rápida da função desse órgão, mas de forma reversível quando acompanhada com o devido tratamento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, esse problema afeta mais de 13 milhões de pessoas mundialmente. Dessas, estima-se que cerca de 1,7 milhões venham a óbito.
Essa patologia é dividida em diferentes quadros, de acordo com a sua causa:
Pré-renal: ocorre quando há quadros de grandes hemorragias, desidratação severa e doenças como a insuficiência cardíaca.
Renal: ocorre por infecções urinárias graves, patologias inflamatórias (nefrites) e toxicidade por medicamentos.
Pós-renal: decorrente de patologias obstrutivas, como a litíase urinária (cálculos renais).
Os sintomas são variáveis para cada estágio e incluem:
falta de apetite;
cansaço;
palidez;
inchaços nas pernas;
aumento da pressão e
alteração dos hábitos urinários.
No caso do agravamento do quadro, com a redução do volume urinário em poucas horas ou dias, o tratamento deve ser feito rapidamente pelo médico urologista e nefrologista, atacando a doença causadora do problema com a intenção de recuperar o mais rapidamente a função renal.
Nós recomendamos que o paciente que comece a desenvolver problemas renais visite imediatamente o médico para avaliação, diagnóstico e recomendação do tratamento da insuficiência renal, isso pode impedir o desenvolvimento da doença crônica nos rins e suas possíveis consequências.
Essa doença é diagnosticada e tratada pelos urologistas, por isso, é essencial fazer visitas regulares a esse médico, principalmente ao ter alguns dos sintomas levantados acima. Na Uromed, você encontra uma equipe altamente capacitada e pronta para tirar suas dúvidas, realizar exames, fazer um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento ideal para cada caso.
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Material escrito por: Dr. José Orlando de Farias Júnior
- Urologista - CRM 7643 RQE 3410
Formado em medicina pela UFPB, o Dr. José Orlando passou pelo internato médico da UFSC e realizou sua residência em urologia no Hospital Governador Celso Ramos. É membro efetivo da Sociedade Brasileira e Urologia. Seus principais interesses são a endourologia e a litíase urinária. Ver Lattes