Por: Dr. Waltamir Horn Hülse
Publicado em 10/02/2022 - Atualizado 18/02/2022
Um incômodo na região pélvica, que pode ser contínuo ou se assemelhar a pontadas: essa é a dor na bexiga, um problema pouco comentado, mas que pode assustar quem o sente. É o seu caso?
Primeiro, é importante saber que existem várias doenças que podem gerar essas dores, desde uma simples infecção urinária até algo mais complexo, como a Síndrome da Bexiga Dolorosa.
Porém, em todos os casos, o acompanhamento médico é essencial. É por isso que criamos esse material para servir como um suporte a mais para você, que está sofrendo com essas dores.
Assim, você poderá analisar melhor os seus sintomas e, dessa forma, contribuir para que o seu diagnóstico seja feito da maneira correta. Confira as explicações.
Vamos listar os principais fatores que podem gerar dor na bexiga. Veja se você se identifica com algum desses casos:
A infecção urinária é uma causa comum e mais simples de dor na bexiga. Trata-se da disseminação de bactérias e outros microrganismos na região íntima. O problema costuma ser mais frequente em mulheres, mas os homens também devem ficar atentos.
A infecção tem início na uretra e, quando não tratada adequadamente, pode “subir” para bexiga e rins, o que gera maior gravidade. Além da dor na bexiga, o paciente também pode sentir:
Lembre-se que a automedicação não é uma solução para a infecção de urina! É preciso ter o tratamento prescrito pelo médico urologista.
Você já ouviu falar nesse problema? É uma doença que atrapalha a capacidade da bexiga e das vias urinárias de contrair e relaxar. Com isso, gera incontinência urinária, sensação de esvaziamento incompleto e dores.
Existem dois tipos de bexiga neurogênica: o primeiro é quando o órgão não consegue se contrair. Já o segundo é quando há facilidade de contração, mas sem o controle do paciente, ou seja, ocorre o escape indesejado da urina.
O diagnóstico é feito com exames específicos e, em seguida, o tratamento costuma envolver medicações e fisioterapia.
Vários fatores podem gerar inflamações na bexiga. Os principais são: endometriose (nas mulheres); uso de medicamentos; câncer de próstata (nos homens); outros tipos de câncer; uso de sonda vesical; problemas imunológicos.
Cada caso deve ser investigado profundamente para chegar ao que gerou problema e, assim, tratá-lo de acordo com as necessidades do paciente.
Quem tem pedras nos rins sabe o quanto elas geram dor! Esses cálculos renais transitam por diversas partes do sistema urinário, causando incômodos por onde passam.
Então, é comum que o paciente tenha dor na bexiga, nos rins e na uretra, por exemplo.
A dor costuma ser intensa e associada a um forte enjoo. Então, caso você tenha esses sintomas, não espere e procure assistência médica.
Essa é uma doença crônica que gera uma forte dor na bexiga e região pélvica em geral. Além disso, o paciente também pode sentir:
O problema costuma durar semanas, com dores que variam de intensidade. Com isso, a qualidade de vida do paciente é muito afetada. Os incômodos podem ainda se espalharem para outras partes do corpo, como vagina ou testículos e região lombar.
A Síndrome da Bexiga Dolorosa é um nome que pode assustar, mas saiba que se trata de uma condição benigna. Na maioria dos casos, o tratamento é feito com medicamentos, depois da definição do diagnóstico por exames.
Você está sofrendo com dor na bexiga? Como deve ter percebido, existem diversos problemas que geram o incômodo. Então, não é possível definir uma causa de maneira imediata.
O mais indicado é procurar a ajuda de um médico urologista, o especialista em diagnosticar e tratar doenças que afetam o sistema urinário, tanto em homens quanto em mulheres.
O médico irá analisar o seus sintomas e, a partir disso, prescrever os exames para obter o diagnóstico correto. O próximo passo é realizar o tratamento adequado.
Enfim, pelo bem da sua saúde e para cessar a dor na bexiga, conte com a assistência de um urologista.
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Material escrito por: Dr. Waltamir Horn Hülse
- Urologista - CRM 4265 RQE 1147
Diretor Técnico na Uromed, o Dr. Waltamir Horn Hülse é formado em medicina pela UFSC e especialista em urologia pelo Hospital Governador Celso Ramos. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia, da Associação Brasileira do Assoalho Pélvico e da International Continence Society Seus principais interesses são a uroginecologia e urologia feminina.