Por: Dr. Ivam Moritz Martins da Silva - Urologista - CRM 2965 RQE 218
Publicado em 11/08/2025
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor de testículo responde por 5% dos casos de câncer em homens. Na maioria das vezes, esse tipo de neoplasia acomete indivíduos jovens, com idades entre 15 e 35 anos. No entanto, pode ocorrer em qualquer faixa etária, de crianças a idosos.
Apesar da alta possibilidade de cura, muitas vezes, o tumor de testículo é confundido ou mascarado por orquiepididimites (inflamações na região), atrasando o tratamento adequado. Dessa forma, consultar um urologista é uma estratégia eficiente na detecção precoce da doença, favorecendo o prognóstico e prevenindo agravamentos.
Neste artigo, abordamos os principais aspectos a respeito. Para saber mais, continue a leitura!
O testículo é um órgão localizado dentro da bolsa escrotal, responsável pela produção de espermatozoides e testosterona. Ele é composto por diferentes tipos de células, as quais podem gerar tumores distintos, com maior ou menor chance de benignidade.
Assim, quando benigno, o tumor pode ser um hemangioma (tumor vascular) ou teratoma maduro (tumor de células germinativas). Já quando maligno, trata-se de um caso de câncer de testículo.
Embora costume ser assintomático, algumas pessoas podem apresentar sintomas que sugerem a presença de um tumor de testículo, devendo ser investigados. Nesses casos, são possíveis indicativos da doença:
Outro sintoma, menos comum, é a ginecomastia (aumento das mamas), condição causada tanto pelo aumento na produção de estrógenos, como pela deficiência da formação de andrógenos. Pode ocorrer, ainda, a redução da libido e/ou a queda de pelos.
Às vezes, os sinais podem ser resultado da presença de metástase em outros órgãos — quando a doença já está numa fase avançada. É o caso, por exemplo, das dores pelo corpo, fadiga inexplicável e perda de peso sem razão aparente.
Mas, atenção: é importante destacar que esses sintomas não são exclusivos do tumor de testículo e, na maioria das vezes, são causados por outras condições. Portanto, ao notar qualquer alteração no escroto, procure um médico para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
Quando o homem encontra um nódulo no testículo, mesmo que indolor, deve procurar um urologista para a devida investigação. Isso é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.
A partir dos resultados obtidos, é possível conhecer as características do tumor, como tamanho, localização e vascularização. Dessa forma, o médico poderá realizar o diagnóstico e conduzir o paciente para o tratamento mais adequado para o seu caso.
O tratamento do câncer de testículo depende do tipo e estágio do tumor, bem como das condições gerais do paciente. Na maioria dos casos, o objetivo é removê-lo, prevenir a disseminação e preservar a função testicular e a fertilidade.
Para isso, a conduta inicial é a realização de uma cirurgia, a qual exige um pequeno corte, para expor o testículo afetado. Em seguida, retira-se o tumor ou realiza-se a ressecção completa do órgão — o que não interfere nas funções sexual e reprodutiva, caso o outro testículo esteja normal.
O material obtido, por sua vez, segue para a biópsia, que irá revelar o tipo de tumor. A partir do resultado, pode-se detectar a necessidade de terapêuticas complementares, como radioterapia ou quimioterapia.
Após o término do tratamento, é importante manter o acompanhamento médico regular, para detectar, precocemente, eventuais recidivas. Além disso, as visitas periódicas também auxiliam no controle dos possíveis efeitos colaterais do tratamento, como infertilidade e disfunção erétil.
Não existem métodos de rastreamento específicos para a prevenção do tumor de testículo. O que existem são medidas que ajudam na detecção precoce da doença, aumentando as chances de cura.
Assim, da mesma forma que as mulheres realizam o autoexame da mama, os homens também devem realizar o autoexame testicular. Para isso, basta apalpar os testículos e observar a presença de algum nódulo ou outras alterações, incluindo tamanho, forma ou textura.
Portanto, por mais jovem e saudável que você seja, ao perceber qualquer mudança na região, não perca tempo e procure um urologista. Afinal, mesmo que seja maligno, se diagnosticado precocemente, o tumor de testículo é facilmente tratado e tem grandes chances de cura!
Se ainda restarem dúvidas, entre em contato com a Uromed – Clínica do Aparelho Gênito-Urinário, localizada em Florianópolis, SC. Nossa equipe conta com especialistas em urologia oncológica, altamente experientes e atualizados, à sua disposição!
Material escrito por: Dr. Ivam Moritz Martins da Silva
- Urologista - CRM 2965 RQE 218
O Dr. Ivam Moritz é formado em medicina pela UFSC e especialista em urologia pelo Hospital Governador Celso Ramos. Seu principal interesse é a Urologia Geral.