Por: Dr. Luís Felipe Piovesan
Publicado em 02/05/2017 - Atualizado 07/02/2019
Um estudo demográfico recente demonstrou que a população masculina brasileira com idade acima de 50 anos cresce anualmente. Os homens nessa faixa etária são ativos e saudáveis. Apenas têm de lidar com uma questão orgânica: a queda do nível de testosterona no corpo.
A testosterona é um hormônio masculino que passa a ser produzido em menor quantidade pelo organismo masculino a partir dos 40/45 anos de idade. A diminuição é gradativa – cerca de 1% ao ano – mas suficiente para causar em alguns homens o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), anteriormente conhecido como andropausa.
Em resumo, o DAEM é a presença de sintomas que surgem pelo baixo nível de testosterona. A medicina ainda discute qual é a quantidade normal do hormônio, porém, há um certo consenso que considera a taxa deficitária quando é inferior a 300/350 ng/ml e o homem apresenta algum dos sintomas característicos do Distúrbio Androgênico:
A dosagem de testosterona e seus subprodutos no sangue pode ser corrigida com reposição hormonal, desde que nada inviabilize o tratamento. O retorno do hormônio aos níveis normais permite ao homem sentir melhora na disposição para desempenhar as atividades cotidianas e na performance sexual. Mas para que a sensação de bem-estar perdure, não pode se descuidar, nem deixar de ir ao urologista.
A reposição hormonal para homens precisa ser administrada de forma cuidadosa e segura, e de acompanhamento médico constante. Há diversas formas de realizá-la, entre as mais conhecidas e seguras estão: a injetável de longa e de curta duração, e o gel e soluções transdérmicas.
Associar a reposição hormonal para homens ao surgimento do câncer de próstata é um erro. A testosterona não leva ao surgimento da doença. Repô-la é uma alternativa benéfica e segura para muitos homens que desejam retomar a disposição perdida devido ao déficit do hormônio no organismo.
Material escrito por: Dr. Luís Felipe Piovesan
- Urologista - CRM 8402 RQE 4270
Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Luís Felipe Piovesan é especialista em urologia pela Fundació Puigvert, Barcelona, e doutor em urologia pela USP. É coordenador científico do Hospital Governador Celso Ramos e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, secção SC. Seus principais interesses são a urologia oncológica e tumores urológicos. Ver Lattes