Por: Dr. Luís Felipe Piovesan
Publicado em 07/11/2023 - Atualizado 16/11/2023
Os tratamentos para câncer de próstata são fundamentais para oferecer qualidade de vida e, em muitos casos, a cura aos homens que enfrentam a doença. O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum nos homens, após o tumor de pele não melanoma.
A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos, embora o Brasil apresente um número elevado, com estimativa de mais de 70 mil novos casos para o triênio de 2023 a 2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Para o Ministério da Saúde, questões como o avanço da idade, o histórico familiar e alguns hábitos são fatores de risco para a doença, e a chance de mortalidade aumenta após os 50 anos.
É importante destacar que a maioria dos casos de câncer de próstata se manifesta em homens com 65 anos ou mais. No entanto, é possível diagnosticar o câncer de próstata precocemente, por meio de exames e procedimentos médicos que aumentam a expectativa de vida, mas também melhoram as perspectivas de tratamento.
Os tratamentos para câncer de próstata vão depender muito do estadiamento da doença. Isso quer dizer que, dependendo dos sintomas e do grau de avanço do câncer, o tratamento pode variar.
Além do estágio, o nível de PSA e a pontuação Gleason são fatores considerados no diagnóstico. A idade do paciente, o estado de saúde, a expectativa de vida e as preferências pessoais também influenciam na escolha do tratamento.
Por isso, após o diagnóstico do câncer, é preciso conversar com o médico especialista e verificar as opções.
Conforme o estágio da doença, as alternativas terapêuticas indicadas são:
Conhecido como câncer localizado, neste estágio inicial, o câncer está restrito à próstata e não pode ser detectado em exames de imagem, como ressonância magnética. A pontuação de Gleason é baixa (até 6) e o PSA também (menor que 10).
Para estes casos, indica-se a radioterapia ou prostatectomia. Homens que apresentam boas condições de saúde e são mais jovens, podem optar pela vigilância ativa ou prostatectomia radical.
Aqui, os tumores continuam confinados à próstata, mas apresentam tamanhos maiores, podendo ser detectados em exames de imagem. Neste estágio, a pontuação de Gleason é mais alta do que no estágio 1 e os níveis de PSA podem variar.
Quando não tratados com cirurgia ou radioterapia, tendem a evoluir e se disseminar em toda a próstata.
Entre as opções de tratamento, encontram-se a prostatectomia radical, com remoção dos linfonodos, a radioterapia, a braquiterapia e a combinação de radioterapia e braquiterapia. A vigilância ativa também é um método considerado.
Neste estágio, o câncer se espalhou além da próstata e pode afetar tecidos próximos, como as vesículas seminais. No entanto, ainda não se disseminou para órgãos distantes, ou seja, não atinge bexiga ou reto.
Aqui, a probabilidade de recidiva após o tratamento é bem maior. É importante destacar que os níveis de PSA podem estar elevados, assim como a pontuação de Gleason pode indicar um câncer mais agressivo.
Os métodos de tratamento indicados são:
Este é o estágio mais avançado do câncer de próstata, no qual o câncer se disseminou para órgãos distantes, como ossos, pulmões, fígado, bexiga e reto. Os sintomas podem ser mais pronunciados neste estágio, e os níveis de PSA costumam ser bem elevados.
O tratamento pode ser o mesmo que o estágio 3, embora a maioria dos tumores em estágio 4 apresentem poucas possibilidades de cura. Por isso, nestes casos, o tratamento visa manter a doença sob controle.
Nesse contexto, os métodos mais usados são:
É importante observar que, dentro desses estágios, existem variações e subcategorias que auxiliam os médicos a determinar a extensão exata da doença.
Lembre-se que os tratamentos para câncer de próstata são individualizados e dependem desses estágios, assim como da saúde geral do paciente e outros fatores. Contudo, a detecção precoce continua desempenhando um papel fundamental na melhoria das perspectivas de tratamento.
O diagnóstico precoce é um dos pilares fundamentais no combate eficaz ao câncer de próstata. Iniciar o tratamento em estágios iniciais da doença oferece as melhores chances de cura e preservação da qualidade de vida dos pacientes, como também:
A conscientização, a educação e a busca de cuidados médicos regulares desempenham um papel essencial na detecção precoce, ajudando a enfrentar essa doença com maior eficácia e confiança. Para isso, é preciso entrar em contato com urologista especializado.
A Uromed conta com equipe especializada em urologia oncológica, que oferece atendimento diferenciado para tratamento e diagnóstico do câncer de próstata, além de outros cânceres.
Agora que você sabe quais os tratamentos para câncer de próstata e a importância do diagnóstico precoce, não hesite em tomar os cuidados necessários. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando o câncer de próstata e possui dúvidas sobre os tratamentos ou precisa de orientação, entre em contato com a Uromed.
Material escrito por: Dr. Luís Felipe Piovesan
- Urologista - CRM 8402 RQE 4270
Formado em medicina pela UFSC, o Dr. Luís Felipe Piovesan é especialista em urologia pela Fundació Puigvert, Barcelona, e doutor em urologia pela USP. É coordenador científico do Hospital Governador Celso Ramos e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, secção SC. Seus principais interesses são a urologia oncológica e tumores urológicos. Ver Lattes