Por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
Publicado em 22/09/2019 - Atualizado 30/08/2023
A ejaculação precoce é um distúrbio caracterizado pela perda do controle voluntário do reflexo ejaculatório. Ou seja, o processo de ejaculação é acelerado durante o ato sexual, podendo ocorrer em atos em que não houve penetração.
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Estudos científicos estimam que a ejaculação precoce acomete 20% a 30% dos homens em algum momento da vida e, como consequência, traz consigo o sentimento de insatisfação. As pesquisas ainda não conseguiram identificar uma causa exata do distúrbio, mas, em alguns casos, ele está associado às condições de saúde (como a prostatite), bem como questões psicológicas (transtornos de ansiedade).
A ejaculação precoce pode ser vitalícia ou adquirida. No primeiro caso, também chamada de ejaculação precoce primária, o homem enfrenta problemas desde a primeira experiência sexual. A adquirida, ou secundária, ocorre após um período da vida sexual do homem, em que se percebe uma redução significativa no período entre a penetração e a ejaculação.
A boa notícia é que é possível tratar a ejaculação precoce. Esclarecemos as principais dúvidas sobre a ejaculação precoce. Confira!
O diagnóstico da ejaculação precoce é eminentemente clínico, quer dizer que é realizado por meio do relato do paciente, sintomas, quando a disfunção se iniciou e como evoluiu. O médico também realiza o exame físico e, caso haja necessidade, o paciente passa por exames complementares, como dosagem hormonal.
A partir da avaliação clínica, a ejaculação precoce é classificada em três tipos:
Hoje em dia, é comum encontrar muitos anúncios na internet prometendo milagres para a cura da ejaculação precoce. Contudo, nem sempre os ditos tratamentos milagrosos são realmente efetivos. O melhor é procurar um médico, realizar o diagnóstico e, a partir disso, sob orientação médica, iniciar o acompanhamento.
A terapia sexual, a psicoterapia e o uso de alguns medicamentos podem ser eficientes em alguns casos de ejaculação precoce. Os analgésicos e antidepressivos de ação sistêmica têm apresentado bons resultados, especialmente, quando existe disfunção erétil associada. Contudo, os medicamentos só devem ser usados conforme prescrição médica.
Sim, essa é uma condição natural do corpo, devido aos motivos fisiológicos, como o acúmulo de espermatozóides. Além disso, outro fator que contribui para a ejaculação mais rápida após um período sem relações sexuais é o psicológico, pois os parceiros tendem a concentrar maior desejo sexual.
Não existe um tempo correto para uma relação sexual. Quer dizer que a duração varia de acordo com o que pensamos ser normal. Um estudo realizado pela Universidade de New Brunswick apontou que a duração média de uma relação sexual é de 5 a 10 minutos.
No entanto, pode-se considerar a ejaculação precoce quando o tempo entre o início da penetração e o orgasmo é muito curto. A média para a ejaculação masculina é de 2 a 5 minutos. Se ocorrer em menos de 1 minuto, pode-se considerar uma ejaculação precoce.
Sim, já que a ejaculação masculina está diretamente relacionada com o orgasmo. Sendo assim, é normal que homens que sofrem do distúrbio sintam prazer ao ejacular, contudo, ao mesmo tempo são consumidos por uma sensação de impotência, pela pouca duração da relação sexual.
Como visto, existem tratamentos para o distúrbio, o importante é superar os tabus e buscar ajuda especializada.
Se você busca um especialista em medicina sexual em Florianópolis, agende uma consulta com a equipe de andrologia da Uromed para esclarecer todas as suas dúvidas e iniciar seu tratamento.
Material escrito por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
- Urologista - CRM 9576 RQE 6654
Dr. Jovânio é formado em medicina pela UFPel, é especialista em reprodução humana pela Unifesp. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Entre 2013 e 2018 foi Conselheiro Suplente do CRM-SC. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.