Por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
Publicado em 02/09/2025
Com o avanço da idade, muitos homens consideram fazer a terapia de reposição de testosterona (TRT). A procura ocorre, geralmente, a partir dos 40 anos, quando começam a sentir os efeitos da baixa do hormônio masculino no organismo. Esses englobam uma série de prejuízos à saúde e ao bem-estar.
No entanto, o uso indiscriminado da TRT, cada vez mais frequente, pode causar complicações, por vezes, irreversíveis. Por isso, a terapêutica deve ser feita, exclusivamente, sob os cuidados de urologistas especialistas na área.
Neste artigo, abordamos esses e outros aspectos relacionados à TRT. Para saber mais, continue a leitura!
A TRT consiste no tratamento para o diagnóstico de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou hipogonadismo masculino tardio, confirmado por meio de exames clínicos e laboratoriais. A condição — popularmente chamada de andropausa, termo cunhado em associação à menopausa — costuma levar à:
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Trata-se, portanto, de um ato médico, devendo ser indicado e acompanhado por urologistas especialistas em andrologia, a fim de garantir sua segurança e eficácia. Há três formas de administrar a TRT:
A terapia de reposição de testosterona é indicada para casos sintomáticos e comprovados de DAEM, os quais, de fato, acometem uma parcela significativa dos homens.
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Quanto às contraindicações, sabe-se que a TRT não deve ser realizada por homens com câncer de próstata localmente avançado ou com câncer de mama. Também não deve ser feita por aqueles que têm o desejo de gerar filhos.
Outro aspecto importante, que precisa ficar claro, é que a terapia de reposição de testosterona não é um tratamento para retardar o envelhecimento (ou “antienvelhecimento”). Aliás, não existe comprovação científica para nenhum tipo de modulação hormonal com essa finalidade.
Se bem indicada e adequadamente realizada, a TRT apresenta excelentes resultados clínicos. Aliás, estudos comprovam que a normalização dos níveis de testosterona ajuda a combater os principais fatores relacionados ao risco cardiovascular. Isso inclui a redução da gordura corporal, a melhora do perfil lipídico, o maior controle da hipertensão arterial, o menor risco de desenvolver diabetes e osteoporose, entre outros benefícios.
Por outro lado, o uso irresponsável e abusivo de testosterona e/ou de outros hormônios é bastante problemático. Isso porque, a prática aumenta o risco de infertilidade, problemas cardiovasculares e morte súbita. No caso da terapia de reposição de testosterona feita indiscriminadamente, os efeitos colaterais ainda incluem o surgimento de acne, queda acentuada de cabelos, apneia e, até mesmo, câncer.
O acompanhamento médico regular, com monitorização clínica e laboratorial periódica, é essencial para a segurança do paciente. Afinal, isso permite identificar o surgimento de eventuais problemas (como fatores de risco cardiovascular) em tempo oportuno, possibilitando controlá-los antes que se agravem, evitando maiores complicações.
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Em suma: para pacientes com DAEM sintomática, sem contraindicações associadas, a terapia de reposição de testosterona é segura e efetiva. Nesses casos, a abordagem favorece a qualidade de vida, devido à melhora da capacidade física e cognitiva — e, como mostrado, também ajuda a proteger a saúde!
Se ainda restarem dúvidas ou se desejar conversar a respeito com um especialista em saúde masculina, entre em contato. A equipe da Uromed – Clínica do Aparelho Gênito-Urinário, localizada em Florianópolis, SC, está à sua disposição!
Material escrito por: Dr. Jovânio Fernandes da Rosa
- Urologista - CRM 9576 RQE 6654
Dr. Jovânio é formado em medicina pela UFPel, é especialista em reprodução humana pela Unifesp. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Entre 2013 e 2018 foi Conselheiro Suplente do CRM-SC. Seus principais interesses são a andrologia, medicina sexual e reprodução humana.